Deve ser tão triste dançar nos braços de quem não te ama.

As coisas que sei sobre o amor (até agora)

É difícil falar sobre algo que você nunca experimentou… mas será que nunca experimentei mesmo??

Quando falo sobre o amor romântico, o amor idealizado, me faltam coisas positivas para dizer. Eu não conheço esse tipo de amor, porém, sei muito bem como ele não se parece.

Dizer que nunca “amei” na vida seria uma mentira, eu poderia dizer que confundi os sentimentos… quando se é jovem e imatura é muito fácil achar que se está apaixonada, mas muitas vezes você pode apenas gostar da forma como a pessoa te trata, a forma como ela faz você se sentir, a importância que ela te dá, a pessoa que vc é quando está com ela, enfim, muitas possibilidades, no entanto, tudo isso pode ainda não ser (e não é) amor.

Nós, principalmente as meninas, nos entregamos para os primeiros indícios de amor e afeto que encontramos, às vezes em busca do “felizes para sempre”, outras por sede do que nos faltou em casa. Acho que as pessoas são muito maliciosas e buscam se aproveitar umas das outras o tempo todo, seja por status, luxúria, ego, etc. É isso que conheço sobre o amor, a falta de honestidade e ingenuidade são coisas que marcaram minhas experiências românticas. Assumir isso é triste, quase que vergonhoso, tão nova e tão cheia de experiências ruins. O amor pra mim, nesse sentido, foi pesado e difícil, sempre que me envolvi com garotos as coisas foram complicadas.

Sabe o sentimento de que sempre, sempre vacilam contigo e você é sempre a pessoa que tem compreender e não fazer nada, até porque você tem caráter, ou ainda pior, você fica com a decisão de ir ou ficar, tendo que atropelar seus sentimentos, como única saída para não passar por cima da sua própria dignidade e amor próprio.

Porém, por mais que eu nunca tenha vivenciado algo tranquilo e genuino, que é como o amor é, eu nunca deixei de acreditar e nem me permitir viver isso, o que mudou foi a forma como eu via as pessoas e nossas relações. Hoje em dia eu só não espero muito quando entro, mesmo sabendo que queria um pouco mais.

Contudo, no meio de tantas decepções e desilusões, como eu aprendi a diferenciar o que era amor e o que não era, e ainda por cima acreditar que ele existe? - simples! O amor está em todos os lugares, de todas as formas, chegando a nós e nos tocando constantemente.

Quando penso em amor lembro-me de todas as pessoas que amo e pelas quais me sinto amada também, e observo as coisas que elas fazem por mim e o que eu faço por elas, e isso é amor. O amor pra mim é puro, leve, tranquilo, seguro, silencioso, às vezes barulhento, atento, cuidadoso e diversas outras coisas boas que nos fazem ter vontade de viver e sorrir no simples.

Acontece que ao longo dos anos, principalmente quando estava amadurecendo, eu percebi que o amor não vem só de um parceiro (a) romântico (a), o significado de amor é aquela amiga que esteve com você enquanto você chorou, foi a sua mãe que te apoiou em um momento difícil, um amigo que te ajudou a superar alguma situação, um familiar que faz questão de ser presente na sua vida, entre outros. Acontece que algumas vezes estamos tão focados em receber e viver essa idealização do que é o amor, que pensamos estarmos tão longe de algo que estamos tão cercadas, o amor de verdade está nesses pequenos detalhes, no convívio com pessoas que estão muito perto de nós. É fácil cair no comodismo quando se convive muito com pessoas que são importantes para nós, a magia desses pequenos momentos podem acabar sumindo e aí, nos sentimos necessitadas de buscar algo a fora, e acabamos aceitando menos do que merecemos graças ao desespero de sentir aquele acolhimento de novo.

Porém, o amor de verdade, na sua mais pura forma se esconde nessas pequenas ações, nos conselhos, nos abraços demorados, na troca de carinho e de palavras bonitas, nos elogios sinceros, nas risadas constantes… são essas atitudes que gritam bem na nossa cara que as pessoas nos amam e se importam com a gente, e isso é amor.

Nos últimos meses, quando me sentia sozinha e iludida em alguma situação que me deixava confusa sobre o que eu sentia, recorria as memórias com as pessoas que eu mais amava e pensava: elas nunca fariam isso comigo. E pronto, aí estava a resposta: aquilo não era amor. Às vezes temos que parar de nos permitir estar em situações que comprometem nossa dignidade por vontade de algo que pensamos não ter.

O amor romântico eu desconheço, mas eu experimento todos os dias doses de amor de diversas pessoas que fazem parte da minha vida e me amam nos pequenos detalhes! Então, que possamos aproveitar e valorizar mais as pessoas que realmente nos amam sem termos que pedir muito e nem sermos nada além do que já somos. Que aproveitemos mais nossas amigas, nossos amigos, nossos pais, irmãos, primos e quem é que seja importante em nossas vidas, amando eles e nos permitindo ver amor nos pequenos momentos!

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Foi isso! Obrigada por ler até aqui!

Esse texto foi produzido para o desafio escrita tagarela da

lele moreira ✮

com o tema “as coisas que eu sei sobre o amor”.